O idioma português, oriundo da velha Europa, fora imposto quinhentos anos atrás por jesuítas a fim de civilizar e educar o índio e os filhos brancos dos portugueses, pondo em segundo plano o idioma, não escrito, porém falado, dos nativos americanos.
É sabido que não há melhor maneira de suprimir uma cultura que não seja a implantação de outra supostamente melhor. O imperialismo não advém tão-somente pela guerra, mas também pelo sucesso no que diz respeito à infiltração cultural análoga aquela praticada pelos portugueses, espanhóis ou ingleses na era das grandes navegações.
Com o mundo globalizado Todos têm acesso fácil a filmes, seriados ou jornais, em especial, americanos, que a todo o momento exaltam sua bandeira, seus costumes e o sonho americano. É de se esperar que algo, a primeira vista, tão melhor e tão superior seja aceito e absorvido rapidamente e em especial o dialeto.
“Back Up”,”self-service”,”delivery”… São exemplos de palavras absorvidas no cotidiano brasileiro. Porém, apenas o foram porque envolviam o contexto em que foram forjadas: agilizar a comunicação na informática, entregas de alimentos etc., áreas de domínio americano.
Blindar o país de modo que não se use mais estas expressões seria um erro, pois de certo modo existe um acréscimo nos recursos linguísticos que podem ser amplamente explorados. Por outro lado, se há quem queira diminuir o estrangeirismo deverá primeiro tentar elevar a cultura nacional para que ela mesma defenda-se do imperialismo praticados por outrem.
Erick Martini
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