sábado, 24 de setembro de 2011

O ENIGMA DO TALVEZ


Em plenitude e abundância de conhecimento,
São incapazes de explicarem a si próprios.
Para aquele que não usar o talvez como paradoxo,
Uma salva de palmas.


Vamos, aplausos e mais aplausos,
Para os homens de verdade, que não choram,
Para os homens que não dizem “eu te amo”,
Para os homens que precisam de auto-afirmação sexual,
Um singelo, descansem em paz.

Para os devotos de um pedófilo,
Que essas palavras sejam crucificadas,
Assim como suas pobres mentes,
Escravas de mentiras sagradas.

Continuem, agora aplaudam em pé,
Ao cinismo com que te enganam,
E a dó com que te querem,
Aplausos...
Por favor, coloquem a tal dó em um orifício apertado,
Depois de feito, passe o dedo no mesmo local...
Mande a dó para o fundo, ninguém quer vê-la.

Não descansem capachos, aplaudam, vocês ganham para tal,
Um brinque, em nome de quem não tem o que beber,
Um abraço, para quem perdeu a família por sua culpa,
Um carinho, uma cesta básica para alimentar seus 10 filhos.
Talvez, seja bondade.

Um beijo, na boca de quem não tem dente,
Um abraço na lembrança, pois o corpo perdeu-se na realidade,
Em nome do pai, que perdeu o filho vitima de vingança,
Amém.

Parem de aplaudir!
Vamos cantar em coral, em pró da cultura,
Estranho, ninguém sabe o que é música,
Parem, sem yeah yeah, isso fere o ego.
Não, sem apelação,
É, talvez esteja pedindo demais.

Mas não se desespere, existem as promessas!!!
Um poço de falácias, de mascaras que ninguém conhece,
Perdido no deserto e na podridão de sua consciência.
O ser enfim chega à falência,
Não existem valores morais, perdeu-se tudo,
Restou, talvez, nada.

RICHARD CAMARGO

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