Com base na história pode-se provar que, via de regra, é através das mais diversas revoluções que se muda um sistema, derruba um governo, enfim, consegue-se um grande objetivo. Da “queda da Bastilha” a “Primavera árabe”, temos diversos exemplos de como a parcela - geralmente oprimida - da população reage a seus algozes e por meio de lutas armadas ou até mesmo políticas os derrotam, implantando um novo sistema.
Obviamente, não se pode ser ingênuo ao ponto de pensar que apenas uma revolta vai sanar todos os problemas do mundo. Da mesma forma que nosso passado nos prova que revoltas são o motor de mudanças, pode-se perceber também que, após o assentamento da poeira, isto é, passado o furor da revolução, a maioria dessas revoltas resultam num governo tão ou até mais opressor que o anterior; o mais impressionante é que esse novo regime é implantado pelos próprios revolucionários!
Portanto, não se deve “deixar levar” por ideias revolucionarias proclamadas por rebeldes “sem causa”, ideólogos fanáticos ou até mesmo mídias manipuladoras; deve se ter um discernimento e tentar enxergar qual o real objetivo de um levante e para onde este pode nos levar.
Claro, não é por este motivo que se deve deixar de lutar. Desistir de um mundo melhor é o primeiro passo à consolidação das injustiças sociais. Quando se para de batalhar pelo fim das mesmas, atesta-se a estagnação do sistema explorador. E, infelizmente, é isso que vem acontecendo: Atualmente percebe-se um descaso quanto a essas diversas injustiças, mas também um aumento da hipocrisia: Diz-se que se preocupa com o próximo, mas nada mais nos choca. O mesmo individuo que se auto intitula ambientalista gasta horas no banho, o mesmo individuo que condena a fome na África come por três.
E enquanto assistirmos imóveis, com essa passividade ignóbil que assola uma grande parte da população, não há futuro para as crianças que morrem de fome, para as matas que a cada dia se vão e para o mundo, que adoece lentamente.
Gustavo Gonzaga
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